Segundo a reportagem, nas mensagens, Sarney orienta uma neta a captar a doação de um empresário, diz que a contribuição seria usada para pagar as contas da fundação com a Previdência, é informado com antecedência de mudanças no conselho curador da entidade e menciona tratativas com o órgão federal que cuida de prédios históricos, como o convento que abriga a sede da fundação.
A Fundação Sarney é suspeita de ter desviado dinheiro do governo do Maranhão (R$ 960 mil em 2004) e verbas de patrocínio da Petrobras (R$ 1,34 milhão de 2005 a 2008). Parte da verba, destinada à recuperação do acervo de livros e peças de museu, foi repassada a empresas que não explicam quais serviços prestaram ou que são ligadas à família Sarney.
Outro lado
Sarney voltou a afirmar, por meio de sua assessoria, que não participa da administração da fundação que leva o seu nome em São Luís. Ele disse que suas ações representam "apenas apreço" à entidade.
"Ajudar na captação de recursos e dar opiniões sobre temas de importância da fundação, que ele criou e recebeu todo seu acervo pessoal de documentos, objetos de arte e 50 mil livros, demonstram apenas o apreço do presidente José Sarney pela instituição", disse a assessoria.
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