O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) decidiu fazer mais uma derradeira tentativa de afastar de sua biografia as nódoas.
O senador prepara uma cartilha de auto-defesa. No texto, oferecerá respostas ao que chama de “campanha” da mídia.
O texto está pronto. Passa agora por uma revisão. Aborda as acusações que frequentaram as manchetes e que o Senado não quis investigar.
Além da cartilha, Sarney organiza um jantar. Coisa seleta. O próprio senador redige, a mão, os convites.
Exclui da lista de candidatos ao repasto os senadores que pontificaram na ala do “Fora, Sarney”.
Ficarão de fora até alguns neocompanheiros do PT. O líder Aloizio Mercadante, por exemplo.
Na terça (14), numa espécie de avant-première da peça que está por vir, Sarney pronunciou um discurso.
A pretexto de festejar o Dia da Democracia, fustigou aquela que considera sua maior algoz: a “mídia”.
Lero vai, lero vem, Sarney lecionou: “É melhor o pior Parlamento do que Parlamento nenhum’’.
Esquivou-se de realçar que melhor mesmo talvez seja o melhor parlamento. Disse ter encontrado inspiração numa frase de Thomas Jefferson.
Quando questionado acerca do que era melhor –se um governo sem imprensa ou uma imprensa sem governo—o ex-presidente americano agarrou-se à segunda hipótese.
Mais adiante, Sarney foi ao ponto: “De certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas”.
Caberia a pergunta: quem é mais inimigo das instituições, a mídia que expõe as mazelas ou os pseodurepresentantes que as praticam? Blog do Josias de Souza
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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